BRIGHT STAR

Pensa numa fofura sem fim, naquele sofrimento sem fim?

O filme fala da vida de John Keats, romântico poeta inglês, rapaz pobre que sonha em viver da arte e se apaixona por sua vizinha, Fanny Brawne, que está na idade de encontrar um pretendente com um belo dote (dinheiro, mente poluída!) para casar…

A mocinha é costureira, desenhista e modelista, até então seus únicos interesses na vida até encontrar o fofo Keats. E então surge o drama: apaixonados, mas não podem ficar juntos por conta dos diferentes níveis econômicos que vivem.

Romântico, idealista, moroso, cheio de rimas e palavras encantadoras, o filme conta ainda com uma fotografia de babar. Cada cena parece um quadro. Figurino bem trabalhado, mostrando como a personagem lida com a moda da época, suas roupas sempre modernas, bem alinhadas, com cortes e cores diferentes das outras moças.

Bright Star é um colírio pros olhos, mas você tem que entrar no ritmo do filme, entender a complexidade das relações da época. Ou então você vai achar o filme chato com uma moça que só costura, um cara que só sofre , um monte de poesia e pouca ação, além da frescura do dilema “eu sou pobre e ela é rica”.

Vá de coração aberto para aproveitar o que o filme tem de melhor.

Quer apreciar um pouco da obra de Keats?

Endymion (trecho)

Parece um quadro, né não?
O que é belo há de ser eternamente
Uma alegria, e há de seguir presente.
Não morre; onde quer que a vida breve
Nos leve, há de nos dar um sono leve,
Cheio de sonhos e de calmo alento.

Ficha Técnica
Brilho de Uma Paixão (Bright Star, 2009)
Direção: Jane Campion (a mesma de O Piano… não que isso me diga alguma coisa, posto que não vi)
Elenco: Abbie Cornish, Ben Wishaw, Paul Schneider, Thomas Sangster e mais um pessoal…